quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mulher que passa





A mulher que passa

Meu Deus, eu quero a mulher que passa
Seu dorso frio é um campo de lírios
Tem sete cores nos seus cabelos
Sete esperanças na boca fresca!
Oh! como és linda, mulher que passas
Que me sacias e suplicias
Dentro das noites, dentro dos dias!

Teus sentimentos são poesia
Teus sofrimentos, melancolia.
Teus pelos leves são relva boa
Fresca e macia.
Teus belos braços são cisnes mansos
Longe das vozes da ventania.

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!

Como te adoro, mulher que passas
Que vens e passas, que me sacias
Dentro das noites, dentro dos dias!
Por que me faltas, se te procuro?
Por que me odeias quando te juro
Que te perdia se me encontravas
E me concontrava se te perdias?

Por que não voltas, mulher que passas?
Por que não enches a minha vida?
Por que não voltas, mulher querida
Sempre perdida, nunca encontrada?
Por que não voltas à minha vida
Para o que sofro não ser desgraça?

Meu Deus, eu quero a mulher que passa!
Eu quero-a agora, sem mais demora
A minha amada mulher que passa!

Que fica e passa, que pacífica
Que é tanto pura como devassa
Que bóia leve como a cortiça
E tem raízes como a fumaça.

Vinícius de Moraes

caracolinhos

domingo, 19 de julho de 2009

As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões





As mulheres aspiram a casa para dentro dos pulmões

E muitas transformam-se em árvores cheias de ninhos - digo,

As mulheres - ainda que as casas apresentem os telhados inclinados

Ao peso dos pássaros que se abrigam.

É à janela dos filhos que as mulheres respiram

Sentadas nos degraus olhando para eles e muitas

Transformam-se em escadas

Muitas mulheres transformam-se em paisagens

Em árvores cheias de crianças trepando que se penduram

Nos ramos - no pescoço das mães - ainda que as árvores irradiem

Cheias de rebentos

As mulheres aspiram para dentro

E geram continuamente. Transformam-se em pomares.

Elas arrumam a casa

Elas põem a mesa

Ao redor do coração.

Daniel Faria

Caracolinhos

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Frida Kahlo





Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón (Coyoacán, México, em 6 de julho de 1907 - Coyoacán, 13 de julho de 1954) foi uma pintora mexicana.



Biografia
Filha do fotógrafo judeu-alemão Guillermo Kahlo e de Matilde Calderón e Gonzalez, uma mestiça mexicana. Em 1913, com seis anos, Frida contrai poliomielite, sendo esta a primeira de uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que sofre ao longo de sua vida. A poliomielite deixa uma lesão no seu pé direito e, graças a isso, ganha o apelido Frida pata de palo (ou seja, Frida perna de pau). A partir disso ela começou a usar calças e depois, longas e exóticas saias, que vieram a ser uma de suas marcas pessoais. Ao contrário de muitos artistas, Kahlo não começou a pintar cedo. Embora o seu pai tivesse a pintura como um passatempo, Frida não estava particularmente interessada na arte como uma carreira. Entre 1922 e 1925 frequenta a Escola Nacional Preparatória do Distrito Federal do México e assiste a aulas de desenho e modelagem.

Em 1925, aos 18 anos aprende a técnica da gravura com Fernando Fernandez. Porém sofreu um grave acidente. Um ônibus no qual viajava chocou-se com um trem, acidente que fez a artista ter de usar vários coletes ortopédicos de materiais diferentes, chegando inclusive a pintar alguns deles (por exemplo o colete de gesso na tela intitulada "A Coluna Partida"). Por causa desta última tragédia fez várias cirurgias e ficou muito tempo acamada. Durante a sua longa convalescência começou a pintar com uma caixa de tintas que pertenciam ao seu pai, e com um cavalete adaptado à cama.

Em 1928 quando Frida Kahlo entra no Partido comunista mexicano, ela conhece o muralista Diego Rivera, com quem se casa no ano seguinte. Sob a influência da obra do marido, adotou o emprego de zonas de cor amplas e simples num estilo propositadamente reconhecido como ingênuo. Procurou na sua arte afirmar a identidade nacional mexicana, por isso adotava com muita freqüencia temas do folclore e da arte popular do México.

Entre 1930 e 1933 passa a maior parte do tempo em Nova Iorque e Detroit com Rivera. Entre 1937 e 1939 Leon Trotski vive em sua casa de Coyoacan. Em 1938 André Breton qualifica sua obra de surrealista em um ensaio que escreve para a exposição de Kahlo na galeria Julien Levy de Nova Iorque. Não obstante, ela mesma declara mais tarde: "pensavam que eu era uma surrealista, mas eu não era. Nunca pintei sonhos. Pintava a minha própria realidade".

Em 1939 expõe em Paris na galeria Renón et Colle. A partir de 1943 dá aulas na escola La Esmeralda, no D.F. (México).

Em 1953 a Galeria de Arte Contemporânea desta mesma cidade organiza uma importante exposição em sua honra.

Alguns de seus primeiros trabalhos incluem o "Auto-retrato em um vestido de veludo" (1926), "retrato de Miguel N. Lira" (1927), "retrato de Alicia Galant" (1927) e "retrato de minha irmã Christina" (1928).

Vida Íntima
Casa-se aos 21 anos com Diego Rivera, um casamento tumultuado, ambos tinham temperamentos fortes e casos extraconjugais. Kahlo que era bissexual esteve relacionada com Leon Trotski enquanto casada. Rivera aceitava abertamente os relacionamentos de Kahlo com mulheres, embora não aceitasse seus casos com homens. Frida descobre que Rivera mantinha um relacionamento com sua irmã mais nova, Cristina. Separam-se, mas em 1940 unem-se novamente, o segundo casamento foi tão tempestuoso quanto o primeiro. Durante o casamento, embora tenha engravidado mais de uma vez, nunca teve filhos, pois as seqüelas do acidente a impossibilitaram de levar uma gestação até o final.

Depois de algumas tentativas de suicídio, em 13 de julho de 1954, Frida Kahlo, que havia contraido uma forte pneumonia, foi encontrada morta. Seu atestado de óbito registra embolia pulmonar como a causa da morte. Mas não se descarta que ela tenha morrido de overdose, que pode ter sido acidental ou não. A última anotação em seu diário que diz "Espero que minha partida seja feliz, e espero nunca mais regressar - Frida" permite aventar-se a hipótese de suicídio. Pesquisadores com base na autópsia de Frida acreditam ter sido envenenada por uma das amantes de seu então marido. Diego Rivera descreveu em sua auto-biografia que o dia da morte de Frida foi o mais trágico de sua vida.

Casa Azul, o museu
Quatro anos após a sua morte, sua casa familiar conhecida como "Casa Azul" transforma-se no Museu Frida Kahlo. Frida Kahlo, reconhecida tanto por sua obra quanto por sua vida pessoal, ganha retrospectiva de suas obras, com objetos e documentos inéditos, além de fotografias, desenhos, vestidos e livros.


Frida Kahlo, o filme
No ano de 2002, sob a direção de Julie Taymor, é lançado o filme que narra a história da pintora, interpretada pela atriz Salma Hayek. O longa metragem conta ainda com a presença de Alfred Molina, interpretando Diego Rivera.

Caracolinhos

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Menopausa

A menopausa, que significa a cessação das menstruações, é um fenómeno fisiológico que se deve à redução gradual do funcionamento dos ovários. Estas glândulas deixam, assim, de libertar óvulos, mensalmente, e de produzir hormonas femininas, os estrogénios. Portanto, o organismo deixa de estar exposto aos habituais níveis elevados de estrogénio e assim se cria um novo ambiente hormonal que se designa por hipoestrogenismo. Antes da menopausa há doenças que se acompanham também de hipoestrogenismo, o que determina efeitos em vários órgãos e sistemas. Se, na fase da menopausa, houver uma redução rápida e intensa dos estrogénios, é natural que nestas mulheres haja sintomas muito mais exuberantes do que nos casos em que o hipoestrogenismo se vai instalando lenta e progressivamente.

Assim sendo, as mulheres que se encontram na primeira situação sentir-se-ão doentes, ao invés das que correspondem à segunda situação. As primeiras necessitarão tratamento específico, para alívio dos seus sintomas. As segundas só o farão se os seus médicos pretenderem fazer a prevenção de doenças que surgirão anos mais tarde em consequência do hipoestrogenismo.

É sabido que o aumento da esperança média de vida e a diminuição da mortalidade têm contribuído para um envelhecimento global da população. Como consequência, há uma percentagem cada vez maior da população feminina que está em pós-menopausa. Actualmente, as mulheres viverão cerca de um terço da sua vida em pós-menopausa. Além de novos problemas com que irão deparar-se, sob os pontos de vista psicológico, social e financeiro, irão sentir os efeitos da privação das hormonas sexuais femininas sobre vários órgãos. Isto resultara em riscos aumentados de doença a nível cardiovascular, ósseo e psíquico. Os tratamentos de correcta compensação hormonal permitem dar "mais anos as suas vidas e mais vida aos seus anos", como tem sido dito e provado repetidas vezes.

Lamentavelmente, só cerca de 15% das mulheres que iniciaram um tratamento o mantêm após um ano, o que significa que a grande maioria da população feminina não está a ser correctamente tratada e protegida. Isto deve-se, sobretudo, à falta de informação e à desinformação. Neste aspecto, a responsabilidade cabe-nos a nós, médicos, porque não sabemos ainda dar a informação suficiente. 0 problema não se verifica apenas em Portugal.



SINTOMATOLOGIA

A menopausa é apenas o início de mais uma fase da vida da mulher após ter terminado a sua capacidade reprodutiva. Por isso, cessaram as menstruações. É antecedida por uns anos ou meses (pró-menopatisa) caracterizados por irregularidades menstruais devidas à falta de ovulações. Durante esse tempo pode haver menstruações abundantes que traduzam a presença de anomalias do útero e que constituem um risco para doenças graves se não forem corrigidas, tanto do útero como da mama. Na pós-menopausa surgem outros sintomas devido, a falta de hormonas femininas. Por serem diferentes causam, por vezes, dificuldades de diagnóstico para quem não esteja familiarizado com este problema.

São frequentes os afrontamentos, calores súbitos, dores de cabeça, insónias, humor depressivo, irritabilidade, secura da vagina, dificuldades sexuais. incontinência urinária, aumento de peso, modificação da pele e do cabelo, dores ósseas e articulares (Quadro 1 ). Há, também, tendência para o aumento de pressão arterial, subida de colestrol e, por vezes, para o aparecimento de dores pré-cordiais e alteração no electrocardiograma.



Quadro 1 Sintomas e Sinais da Menopausa



- Paragem das Menstruações

- Sintomas Vasomotores: afrontamentos, calores súbitos. sudação, cefaleias

- Sintornas Psíquicos: humor depressivo, Insónias, irritabilidade

- Sintoinas Urogenitais: incontinência urinária, secura da vagina, dificuldades sexuais

- Sintonias Cardiovasculares,: aumento da pressão arterial e do colesterol, pré-cordialgias, alterações no E.C.G.

- Outros: aumento de peso, modificação da pele e do cabelo, artralgias, dores ósseas,








INDICAÇÕES

Sempre que não haja contra-indicação deve ser feita a substituição hormonal. Por isso, nunca se deve iniciar um tratamento sem que se conheçam os resultados de uma mamografia, ecografia ginecológica, análises bioquímicas, citologia cervico-vaginal (Papanicolaou) (Quadro 2).



Quadro 2 Exames a Efectuar antes de Iniciar a Terapêutica Hormonal de Substituição



- Exame ginecológico com citologia cervico-vaginal (Papanicolaou)

- Mamografia

- Ecografia ginecológica

- Perfil lipídico

- Densitometria







Não são contra-indicação a maioria das hipertensões arteriais, o enfarte do miocárdio, a "angina de peito", o acidente vascular cerebral, a trombose venosa superficial, as varizes, a diabetes, a obesidade, os antecedentes familiares de cancro da mama, o tabagismo, etc. (Quadro 3).



Quadro 3 Situação em que a Terapêutica Hormonal de Substituição é Erradamente Contra-indicada

- Hipertensão arterial

- Doenças das coronárias: angor, enfarte do miocárdio

- Acidentes cérebro-vasculares

- Varizes, trombose venosa superficial

- Obesidade, diabetes

- Antecedentes familiares da Neo da mama






CONTRA-INDICAÇÕES

A presença de cancro da mama e do útero, os sangramentos vaginais de causa desconhecida, os acidentes trombo-embólicos, em fase aguda, as doenças graves do fígado, os nódulos da mama de natureza não esclarecida (Quadro 4).



Quadro 4 Contra-indicações da Terapêutica Hormonal de Substituição



- Adenocarcinomas do útero e da mama

- Sangramentos vaginais não esclarecidos

- Acidentes trombo-embólicos agudos

- Doenças graves do fígado

- Nódulos da mama de causa não esclarecida






TRATAMENTO

Nas mulheres que têm útero devem utilizar-se sempre as duas hormonas femininas: os estrogénios e a progesterona, administrados em combinação diária ou sequencialmente (no primeiro caso, não surgem sangramentos; no segundo, há "menstruações" mensais). As mulheres sem útero devem ser tratadas apenas com estrogénios. É necessário tomar o equivalente a 1 grama de cálcio por dia (contido em 1 litro de leite). Recomenda-se o exercício físico regular e uma alimentação bem equilibrada e com muitas fibras (vegetais, cereais etc.). 0 uso de antidepressivos e tranquilizantes é raramente necessário, mesmo quando pareça estarem indicados.

Cada caso tem de ser estudado criteriosamente, de modo a escolher-se o melhor tipo de hormonas a utilizar, a dose recomendada e a melhor via da sua administração. Durante o tratamento é indispensável verificar se se obtém a desejada eficácia clínica e se há normalização dos factores de risco ósseo e cardiovascular.



EFICÁCIA


Desaparecimento dos afrontamentos, insónias, irritabilidade e crises depressivas. Humidificação da vagina e melhoria da vida sexual. Redução de dores ósseas. Normalização de pressão arterial e do colesterol. Normalização do peso. Melhoria da pele do cabelo que. Redução da perda da massa óssea (por vezes, até aumenta) com redução em 50% do risco de fracturas. Grande redução do risco de doenças cardíacas que são a principal (50%) causa de morte das mulheres (o cancro é causa de morte em apenas 5%). A melhoria substancial da qualidade vida e da longevidade.

Transcrevemos, para finalizar, a síntese da primeira conferência do Congresso da Sociedade Europeia de Menopausa (Montreux-Setembro, 1995)

A Conferência analisou, detalhadamente, os seguintes aspectos: ossos e articulações, doenças cardiovasculares, problemas da bexiga, aspectos mentais e sexuais, cancros hormonodependentes, estilo e qualidade de vida e aspectos práticos.

O ossos e articulações: a medição da massa e densidade dos ossos é forma mais rigorosa de previsão do risco de fracturas; é muito mais válida do que os doseamento do colesterol para se prever o risco de doenças cardiovasculares. Os estrogénios são o tratamento de eleição para se evitar a osteoporose após a Menopausa ( a junção de progestogénios se a mulher tiver ainda útero). Quando seu uso estiver contra-indicado há medicamentos que evitam com eficácia a desmineralização óssea. As doenças articulares podem, também, melhorar com estes tratamentos. Todas as mulheres, de qualquer idade, devem ingerir suplementos de cálcio e a vitamina D.

Doenças cardiovasculares: as doenças coronárias são principal causa do morte das mulheres europeias. É urgente a adoptar medidas que reduzam o risco destas doenças nas mulheres pós-menopáusicas, o que é essencial para a saúde pública e individual. Há evidência de que os estrogénios são muito eficazes na prevenção primária e secundária destas lesões arteriais. Os estrogénios podem normalizar as alterações metabólicas subjacentes ( colesterol, resistência a insulina, etc.). Exercem, também, efeitos directos benéficos sobre o coração e vasos.

Bexiga: os estrogénios melhoram a incontinência urinária e outros problemas urogenitais, tais como as infecções urinárias da repetição.

De momento, pode ter-se muita confiança em que o efeito do tratamento hormonal de substituição é nitidamente benéfico em relação à longevidade e qualidade de vida.

Estilo e qualidade de vida: o tratamento com estrogénios melhorará, geralmente, a qualidade vida. A segurança e a eficácia destes tratamentos não são suficientes para garantir que os tratamentos durem muitos anos, como é indispensável para se colherem todos os benefícios. É cada vez mais necessário uma boa informação das mulheres e aconselhamento médico detalhado. O papel desempenhado por grupos de apoio é muito importante.

Aspectos práticos: as hormonas utilizadas (estrogénios e progestagénios) têm características diferentes, o que exige a sua adaptação a cada caso para se evitarem alguns efeitos secundários. Os esquemas e vias da administração são variáveis e adaptáveis a cada caso. Desde que se sigam rigorosamente os princípios já estabelecidos, os tratamentos são seguros e eficazes.




caracolinhos

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Pina Bausch

BERLIM, Alemanha (AFP) - A bailarina alemã Pina Bausch, que morreu nesta terça-feira aos 68 anos em consequência de um câncer, é considerada não apenas a maior figura da dança expressionista alemã, como também uma das principais coreógrafas contemporâneas.

"Pina Bausch faleceu na manhã desta terça-feira no hospital, uma morte repentina e rápida, cinco dias depois de ter um câncer diagnosticado", anunciou a porta-voz do Tanztheater, Ursula Popp.

"No domingo passado ainda estava no palco, junto com a companhia, na ópera de Wuppertal", completou.

Segundo Popp, ela havia sido internada no hospital para exames queixando-se de fadiga intensa, e "não saiu mais".

Pina Baush, cujo verdadeiro nome era Josephine Baush, nasceu em Solingen, na Renânia do Norte, Vestfália (oeste), no dia 27 de Julho de 1940. Cresceu no pequeno hotel restaurante de seus pais.

Aos 14 anos, entrou na escola de Folkwang, em Essen (oeste), sob a direcção do coreógrafo Kurt Jooss, um dos fundadores da "Ausdruckstanz", que combina o movimento, a música e elementos da arte dramática. Recebeu seu diploma em 1958.

Entre 1959 e 1962, continuou sua formação na Juilliard School of Music de Nova York com prestigiados professores como Anthony Tudor, José Limón e Mary Hinkson. Pina Baush foi logo contratada pelo New American Ballet e pela Metropolitan Opera de Nova York.

Ao voltar dos Estados Unidos, entrou para o novo balé Folkwang, no qual assinou sua primeira coreografia, "Fragmento", baseada em uma música do compositor húngaro Bela Bartok, em 1968.

Um ano depois, foi nomeada directora artística, mas manteve seu trabalho como coreógrafa e bailarina.

Desde 1973, Pina Bausch dirigia no vale industrial do Ruhr a companhia de balé Tantztheater Wuppertal, que alcançou enorme sucesso internacional.

Era convidada regularmente para apresentações no estrangeiro. Há 30 anos, era a estrela das temporadas do Théâtre de la Ville de Paris, onde se os ingressos se esgotavam cada vez que o Tanztheater Wuppertal aparecia na programação.

Em 1998, Pina Bausch organizou pela primeira vez uma "Festa em Wuppertal", com amigos e artistas de todo o mundo para celebrar os 25 anos de sua companhia.

Paralelamente a seu trabalho criativo, Pina Bausch interpretou um papel no filme do director italiano Frederico Fellini "E la nave va", em 1982, repetindo a experiência no longa-metragem do director espanhol Pedro Almodôvar "Fale com ela", de 2001.

Pina Bausch também trabalhou como directora no cinema, no filme "A queixa da imperatriz", de 1990.

Gica