terça-feira, 30 de junho de 2009

Rosa Mota




Rosa Maria Correia dos Santos Mota. Conhecida apenas por Rosa Mota, (Porto, 29 de Junho de 1958) é uma atleta portuguesa já fora de actividade. Tornou-se conhecida principalmente pelas suas prestações na Maratona, sendo considerada por muitos como uma das melhores corredoras do século XX nessa especialidade.



Biografia

Rosa Mota começou a correr quando ainda frequentava o liceu. Em 1980 conheceu José Pedrosa que viria a ser o seu treinador durante toda a sua carreira. A primeira maratona feminina que existiu, decorreu em Atenas na Grécia durante o Campeonato Europeu de Atletismo em 1982, foi também a primeira maratona em que Rosa Mota participou; embora não fizesse parte do lote das favoritas, Rosa bateu facilmente Ingrid Kristiansen e ganhou assim a sua primeira maratona.

O sucesso passou a ser uma das imagens de marca de Rosa Mota que invariavelmente, termina bem classificada em todas as maratonas de prestígio. Na primeira maratona olímpica que decorreu em Los Angeles em 1984, ganhou a medalha de bronze. O seu recorde pessoal da distância foi conseguido em 1985 na maratona de Chicago com o tempo de 2 horas, 23 minutos e vinte e nove segundos.

Em 1986 é campeã da Europa e em 1987, campeã do Mundo em Roma; em 1988, ganha o ouro olímpico em Seoul, quando a 2 quilómetros da meta atacou Lisa Martin, ganhando com treze segundos de avanço.

Em 1990, voltou a Boston para ganhar essa corrida pela terceira vez, vencendo desta vez Uta Pippig. Depois disso, Rosa foi a Split, defender o seu título de Campeã Europeia da Maratona. Atacando desde o início, Rosa Mota chegou a ter um avanço de um minuto e meio sobre Valentina Yegorova que, no entanto, aos 35 quilómetros conseguiu apanhá-la; as duas lutaram arduamente pela vitória que, no final, sorriu a Rosa Mota com apenas cinco segundos de vantagem. Até 2005, a conquista da maratona por três vezes em campeonatos mundiais de atletismo, tanto feminino como masculino, é exclusivo de Rosa Mota,

Apesar de todo este sucesso, Rosa Mota sofria de ciática, o que não a impediu de continuar a coleccionar triunfos, como fez em 1991, na Maratona de Londres; ainda nesse ano, disputando o Campeonato Mundial de Atletismo em Tóquio, Rosa viu-se obrigada a abandonar a corrida e finalmente retirou-se das competições quando não conseguiu terminar a Maratona de Londres no ano seguinte.

Em 2004, a maratonista Rosa Mota promoveu a maior corrida feminina em portugal, com um pelotão de cerca de dez mil mulheres ajudando a arrecadar fundos para combater o cancêr de mama.

"Isso é mais que uma corrida, isso é uma caminhada para ajudar a combater o cancêr de mama" disse a maratonista Rosa Mota.

Rosa Mota disputou 21 maratonas entre 1982 e 1992, numa média de duas maratonas por ano. Ganhou 14 dessas 21 corridas.

Considerada uma Embaixatriz do Desporto, ganhou o Prémio Abebe Bikila pela sua contribuição no desenvolvimento do treino das corridas de longa-distância. Este prémio foi-lhe atribuído no final da Corrida Internacional da Amizade, patrocinada pelas Nações Unidas e entregue antes da maratona de Nova Iorque.

A nossa Rosinha, como é carinhosamente apelidada por muitos portugueses, é uma das personalidades mais populares do desporto em Portugal no século XX, juntamente com Eusébio, Carlos Lopes e Luís Figo.

Em 2004, Rosa Mota transportou a chama olímpica pelas ruas de Atenas antes das Olimpíadas de 2004.

A maior vencedora da São Silvestre

No Brasil, Rosa Mota também tem grande popularidade já que é a maior vencedora feminina de todos os tempos da mais famosa corrida de rua do país, a Corrida de São Silvestre, disputada nas ruas de São Paulo anualmente no último dia de cada ano. Rosa venceu a prova por seis vezes.

Palmarés

Maratona

* Campeã olímpica em Seul em 1988
* Medalha de bronze em Los Angeles em 1984
* Campeã do Mundo em Roma em 1987
* Quarta classificada no Campeonato do Mundo em Helsínquia em 1983
* Campeã da Europa em Atenas em 1982, em Estugarda em 1986 e em Split em 1990.
* Vencedora das maratonas de Roterdão (1983), Chicago (1983 e 1984), Tóquio (1986), Boston (1987, 1988 e 1990), Osaca, (1990) e Londres (1991).
* Vencedora da São Silvestre de São Paulo seis vezes consecutivas (1981 a 1986).

Outros

* Vice campeã mundial de estrada (15 Km) em 1984 e 1986
* Ex-detentora do melhor tempo mundial de 20.000 metros em pista (1.06.55,5) em 1983
* Ex-recordista de Portugal dos 1000, 1500, 3000 e 5000 metros.
* Oito títulos de campeã de Portugal em corta-mato/cross-country

caracolinhos

domingo, 28 de junho de 2009

Osteoperose

A osteoporose provoca diminuição da resistência óssea. Esta doença afecta, sobretudo, mulheres na menopausa.

A osteoporose, que provoca diminuição da resistência óssea, condiciona o aparecimento de fracturas por traumatismos de baixa energia. Causa anualmente, em Portugal, 40 mil fracturas, das quais 8.500 do fémur proximal. Tem níveis de morbilidade e mortalidade apreciáveis.

O que é a osteoporose?

É uma doença esquelética sistémica que se caracteriza pela diminuição da massa óssea
e por uma alteração da qualidade microestrutural do osso, levando a uma diminuição da resistência óssea e ao consequente aumento do risco de fracturas.

As fracturas mais frequentes ocorrem nas vértebras dorsais e lombares, na extremidade distal do rádio e no fémur proximal.

Atinge sobretudo as mulheres pós-menopáusicas e as pessoas idosas de ambos os sexos.

Quais são os factores de risco?

Não modificáveis

* Sexo feminino - uma em cada três mulheres e um em cada oito homens com mais de 50 anos são afectados pela osteoporose;
* Idade superior a 65 anos;
* Raças branca ou amarela;
* História familiar de fractura.

Potencialmente modificáveis

* Menopausa precoce;
* Hipogonadismo;
* Períodos de amenorreia prolongada;
* Índice de massa corporal baixo (inferior a 19 quilogramas por cada metro quadrado;
* Imobilização prolongada;
* Existência de doenças que alterem o metabolismo ósseo, como endocrinopatias, doenças reumáticas crónicas, insuficiência renal ou anorexia nervosa;
* Utilização de fármacos que provocam diminuição da massa óssea, como corticosteróides, anticonvulsivantes e anticoagulantes, antidepressivos, ansiolíticos e/ou anti-hipertensores;
* Estilo de vida, como dietas pobres em cálcio, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo e consumo excessivo de cafeína.

Como se diagnostica?

O diagnóstico precoce faz-se através de uma osteodensitometria de dupla energia radiológica, que permite identificar as categorias e avaliar o risco de fractura.

Podem ser feitas, também, avaliações laboratoriais e radiogramas da coluna dorsal e lombar de perfil, para rastrear a presença de deformação vertebral, entre outros exames.

Como se trata?

Há diferentes abordagens terapêuticas, consoante a história de fractura e fragilidade, mas normalmente implica tanto medicação como outro tipo de medidas.

Nas pessoas mais idosas, institucionalizadas ou com mobilidade reduzida e com propensão para quedas, são equacionados os usos de suplementos de cálcio e de vitamina D, o uso de protectores das ancas e medidas de prevenção das quedas.

Importante é sobretudo uma vida activa com alegria e actividade física.Dance muito.

Gica


quinta-feira, 11 de junho de 2009

Origem do biquini,esse artigo que as mulheres usam



O biquíni (ou bikini) é um maiô de duas peças de tamanho reduzido, que cobrem o busto e a parte inferior do tronco. Seu nome se deriva do atol de Bikini, um atol do Pacífico onde se deu, em julho de 1946, um explosão atômica experimental. Assim, pretendia-se propor que a mulher de biquíni provocava, na época, o efeito de uma "bomba atômica". Na França, o termo é marca registrada.

A criação do biquini é disputada por dois estilistas franceses: primeiro, Jacques Heim apresentou o "átomo" como "o menor maiô do mundo"; em seguida, Louis Réard mostrou o "bikini, menor que o menor maiô do mundo" e ficou com a fama do criador da peça.

Mas no início mulheres não estavam preparadas para usar peças de vestuário tão reduzidas, que mostravam o umbigo e foi proibido em vários países incluindo Portugal. No entanto actrizes como Ava Gardner, Ursula Andress e Brigitte Bardot foram contra todos os preconceitos da época aderindo ao biquíni, como instrumento de sedução em filmes e em fotos.

Nos anos 60 biquíni atingiu o auge de popularidade. Era muitas vezes usado como adorno em filmes e músicas, e como contestação política e social. Tornou-se um símbolo pop. No Rio de Janeiro tornaram-se populares os famosos biquínis "fio dental".

Nos anos 90 a moda do fato de banho foi reavivada (especialmente por causa dos efeitos nocivos provocados na pele pela exposição aos raios solares), mas não tirou o lugar ao biquíni.




História do Biquíni

Anos 50
Estilo duas-peças, de tamanho grande e as cavas da calça são bem baixas. Foi considerado ousado, mas hoje é tido como um tamanho grande.


Anos 60
Ousado por deixar o umbigo bem à mostra, com cava maior que a dos 50.

Anos 70

Tipo de biquíni de cintura baixa, também bastante comum nos dias de hoje devido à retomada da moda.Em geral com calcinha lisa e sutiã estampadão. Era ousado porque o ideal seria ter o conjunto. A tanga foi uma atitude tipicamente carioca.


Anos 80

Mulher de biquíni vermelho do tipo "asa-delta".Lycra brilho, o sutiã retorcido e sem nenhuma estrutura no bojo, com cores fortes, como verde-limão e rosa-pink. O fio-dental e o asa-delta foram uma febre, assim como o sunquíni.


Anos 90
A parte de baixo era uma espécie de sunguinha ou shortinho e a camuflagem foi uma padronagem típica da década.

Anos 2000
Há uma mescla de diversas modas antigas, principalmente dos anos 70 e 90 tornando-se menos comum o modelo asa-delta. Novos modelos bastante diferentes como um que de frente aparenta maiô, mas de costas apresenta-se como um biquíni, são criados e apresentados em desfiles de modas, virando febres em cada momento.

Curiosidades

Diversos modelos modernos de biquíni.Os mais antigos precursores dos biquínis de que se tem notícia foram mostrados num mosaico romano do século IV em que várias mulheres, de saiote e bustiê exíguos, praticam esportes.
A atriz americana Jayne Mansfield foi a pioneira em usar um modelo cuja peça inferior avançava um pequeno centímetro até mostrar o umbigo, motivo de escândalo em Hollywood, no início da década de 60.
Num verão ao final dos anos 70, apareceu o biquíni de crochê, que ficava todo torto quando molhava. Para segurar no lugar, as mulheres enrolavam a lateral. Assim nascia, por acaso, a tanga.
Em alguns países Americanos e em vários Europeus assim como no Ocidente, é moda e muito comum assim como as mulheres, os homens usar sunga cavada do tipo tanga (fio-dental) nas praias, contrapondo com o preconceito e o contraste cultural ainda existente no Brasil.

Caracolinhos

Margot Fonteyn




Por onde podemos começar? O nome de Fonteyn dominou o ballet britânico por mais de 40 anos! Foi uma das grandes bailarinas de nosso tempo, sendo uma das mais famosas da segunda metade do século. A musa de Ashton, o perfeito exemplar do estilo inglês - e tão belo quanto o verão indiano foi sua parceria com Nureyev. Para qualquer um que a viu, ela ainda é um exemplo para todas as novas bailarinas que surgem por aí.

Margot Fonteyn nasceu na Inglaterra em 1919, (Seu nome verdadeiro era Peggy Hookham) e viveu uma parte de sua infância na China. Quando ela completou 14 anos, sua família retornou à Inglaterra e ela obteu êxito numa audição para o Vic-Wells Ballet, fazendo sua estréia lá em 1934, como um floco de neve no 'Quebra-Nozes'. Seu primeiro solo foi o da jovem Treginnis no ballet de Valoi 'The Haunted Ballroom' (O Salão Mal-Assombrado). Quando Markova, a primeira-bailarina da compania, saiu em 1935, Fonteyn mais as outras bailarinas passaram a se questionar sobre quem iria substituí-la. Com as audições ficou claro que Margot seria a escolhida. Ela tinha 16 anos.

Na época em que a Segunda Guerra Mundial estourou em 1939, Fonteyn dançou como Aurora, Giselle e Odette/Odile, e - talvez o mais importante - criou meia dúzia de papéis para Ashton. Após um tumultuado começo causado pela mútua incompreensão, ela e o coreógrafo estabeleceram uma relação feliz que durou por mais 25 anos produzindo a maioria de seus grandes papéis e seus grandes balés.

Em tempos de guerra a Companhia passava por uma vida nômade, que só terminou com o convite para montar residência do Convent Garden, e assim eles inauguraram sua existência naquele local com o ballet 'A Bela Adormecida', que mostrou o quanto Fonteyn, ainda com 26 anos, já havia percorrido na sua vida de primeira-bailarina. 'Symphonic Variotions' e 'Cinderella' foram os ballets seguintes. Fonteyn deixou de ser tesouro nacional britânico para ser uma estrela internacional quando se apresentou com sucesso em New York, na inauguração história da Companhia em 1949.

A década de 50 presenciou Fonteyn tomar o papel de Karsavina em 'Pássaro de Fogo', e criar Ondine e Chloe - os papéis que segundo Ashton faziam mais falta para ele quando a bailarina parou de dançar. Em 1956 ela casou com Roberto de Arias, um diplomata do Panamá, e por um tempo teve que se desdobrar para ser tanto uma bailarina quanto a mulher de um embaixador. Em meados de 1960 a possibilidade de se aposentar começaram a aparecer em entrevistas e reportagens.

Então, em 1961, Nureyev fez seu famoso salto de liberdade em Paris, e de Valois, com sua percepção, o convidou para ir à Londres dançar 'Giselle'com Fonteyn. A primeira apresentação dos dois foi uma revelação, e a mais famosa parceria de toda a história do ballet nasceu. A controvérsia de diferença de idades anos entre eles, seus temperamentos opostos e seus antecedentes todos diferentes pareceram criar uma atmosfera elétrica entre os dois toda vez que apareciam juntos, e Fonteyn - ainda muito longe de ser apagada da fama - pareceu rejuvenescer, enquanto sua técnica melhorava. Certamente sua carreira se estendeu por mais 15 anos, e nós ainda a vimos em muitos novos ballets, geralmente criados para explorar a dinâmica da parceria - a mais famosa delas, provavelmte, em 'Marguerite e Armand', de Ashton.

Fonteyn se apresentou pela última vez no começo da década de 70, e se aposentou no Panamá para morar com seu marido, que ficou inválido após um acidente. Ela morreu com câncer em 1991. Sua musicalidade, sua eloqüência e elegância a fizeram a perfeita expressão do que viria a ser o estilo inglês. Sua modéstia e dignidade foram exemplos para toda a Companhia em seus anos de crescimento.

A maioria das filmagens sobre ela foram feitas muito tarde na sua carreira para acompanhar a sua técnica, mas ela parece ter inspirado os fotógrafos e também coreógrafos e assim há hoje um grande acervo de fotos de qualidade da bailarina. Após a fama de sua parceria com Nureyev a carreira ficou meio apagada, mas mesmo se ela já tivesse se aposentado sem dançar com ele, Fonteyn ainda seria lembrada como uma das grandes bailarinas que já tivemos.




Gica

terça-feira, 2 de junho de 2009

Rosa dos ventos




Ao sul de mim existe um porto
Que não se bebe.
Apenas se pressente.
Me embriaga
E , contudo, não se mede.
Mulher cujo perfume só recordo
Na madrugada fria, ainda doente.
A Norte, porém, quando confessa
Vontades que traz apetecidas
Confesso que me aquece, nessa pressa,
Outras mulheres que cria já esquecidas.
A Oeste bastava outra vontade
Para alcançar a praia repetida
Que outro gesto quisera e de vaidade.
Finalmente, a Leste, a despedida,
Abraço que ficou por acabar,
Palavra de começo e de partida
Que o tempo não deixou acreditar...

Fernando Tavares Rodrigues

Caracolinhos